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Enquanto a Disney tem como conselheiros de suas animações, os usuários do Twitter (que mais entendem de reclamar, ao invés de soluções simples), a Illumination Entertainment (estúdio que criou franquias como “Meu Malvado Favorito”), têm feito estudos em produções inteligentes como “Mr. Bean”. O resultado disso foi que eles conseguiram tirar tramas divertidas, em enredos simples e que nem sempre dependem dos diálogos para fazerem graça (só pegarmos quaisquer produções com os Minions).

“Patos” é mais um exemplo disso, pois mesmo transparecendo se tratar de uma produção clichê e tediosa, entretém até aquele adulto mais ranzinza que não acha graça nem em discursos hipócritas.

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

A história é centrada em uma família de patos, cujo patriarca Mack nunca quis que eles saíssem de seu lar. Mas após presenciarem a saída de um bando da mesma espécie, rumo à Jamaica, ele percebe que deve fazer o mesmo com seus filhos, esposa e tio ranzinza.   

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

O roteirista Mike White (responsável pela série “The White Lotus” e filmes como “Escola de Rock”), sabe que um fator crucial para este tipo de produção funcionar é tirar graça de situações cotidianas, sem repetir a piada em um futuro arco. Em consequência, acabamos não só conseguindo embarcar na jornada da família pataquada, como nos aproximamos deles ao se lembrar da nossa própria família (atire a primeira pedra quem nunca teve medo de colocar os filhos no mundo sozinhos).

Para efeito de comparação, na animação “Wish” (que literalmente compete com este nos cinemas nacionais) não nos importamos com ninguém e tudo já é previsível (por conta do fator genérico), enquanto aqui nós ligamos para todos eles, em especial os coadjuvantes, onde há divertidas sacadas inteligentes com os personagens Tio Dan (dublado por Ary Fontoura, que está bem engraçado nesta função) e a pomba Lelé (voz de Danni Suzuki, cujo semblante está totalmente diferente do seu habitual).

“Patos” termina sendo mais um golpe animal em cima do Mickey, pois mostra que ainda é possível você fazer um desejo de uma animação melhor e ela se encontrar na sala ao lado.

Obs: antes da exibição do longa, há um curta-metragem hilário envolvendo o vilão de “Meu Malvado Favorito”, Vector, rotulado como “Mooned”. Evitem se atrasar para a exibição, pois vale conferir como o próprio filme.