Crítica | Segundo ano de 'Reacher' continua com mais ação, diversão e Alan Ritchson - Engenharia do Cinema

publicado em:28/01/24 7:18 PM por: Gabriel Fernandes Amazon PrimeCríticasSériesTexto

Em meio a um cenário onde a Amazon gastou quase US$ 250 milhões com uma série esquecível como “Citadel”, o seriado antológico “Reacher” possui um terço do orçamento e se tornou uma das maiores produções da plataforma. Segundo informações da Nielsen (responsável pela audiência de conteúdos dos EUA), a atração teve 1.96 milhões de minutos assistidos pelos estadunidenses, apenas nos três primeiros dias de estreia da segunda temporada. Este montante foi maior que “O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder”, que também teve um custo bilionário.

Dividida em oito episódios, com quase 50 minutos cada, este novo ano não apenas continua no mesmo ritmo da primeira temporada, como nos entrega um Jack Reacher cada vez mais semelhante aos retratados nas páginas do escritor Lee Child.

Imagem: Amazon Studios (Divulgação)

Baseado no 11º livro do personagem, “Bad Luck and Trouble”, Jack Reacher (Alan Ritchson) se vê obrigado a voltar ao passado, quando antigos colegas de exército começam a serem brutalmente assassinados, por conta de um esquema de corrupção envolvendo o poderoso Shane Langston (Robert Patrick).

Imagem: Amazon Studios (Divulgação)

Com um prólogo que já nos mostra o quão Reacher não possui vergonha alguma de lidar com agressores do dia a dia, sentimos que este novo ano trará um Alan Ritchson ainda mais fiel ao personagem criado por Lee Child. Sim, em menos de 30 minutos do primeiro episódio, já conseguimos comprar o novo ano a ponto de decidirmos continuar com os futuros capítulos (comprovando que lançar os três primeiros episódios juntos, foi um acerto da Amazon).

Sem poupar nos detalhes das cenas de ação, os diretores sabem que podem exercer dois estilos neste personagem. As habituais lutas (que nitidamente foram bem ensaiadas e não há truques de câmeras baratos) e as perseguições com explosões. Ambas funcionam, e por conta do carisma de seus atores, muitos acabam comprando facilmente.

Mostrando agora um pouco mais sobre a vida militar de Reacher, que é um aposentado desta carreira e vive como um nômade/justiceiro, com várias habilidades para lutas, armas, engenharia, lógicas e outras coisas que vão muito mais além de um homem que vestiu a farda por certo tempo (praticamente um MacGyver) e possui quase 2 metros de altura com mais de 100 kg. 

Embora ele seja o grande destaque e tenha as melhores cenas da temporada, com o arco do jantar e da escova de dentes sendo os melhores, quem consegue ter o mesmo semblante de Ritchson e ter uma química excelente com ele, é Serinda Swan (intérprete de Karla Dixon). Sendo uma breve versão feminina de Reacher, ela casou perfeitamente no papel de protagonista brucutu.

Outra escolha acertada, é terem colocado como o principal vilão, o veterano Robert Patrick (o antagonista de “O Exterminador do Futuro 2”), que não precisa de muito esforço para transparecer uma vilania digna deste tipo de série. Mesmo com o próprio enredo já estabelecendo que não existe nenhuma ameaça gigante para Jack.

O segundo ano de “Reacher” termina com um gostinho de que a Amazon está acertando neste tipo de produção com facilidade, e nos deixa ansioso ainda mais para o terceiro ano (que já começou a ser gravado). 



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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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