Crítica | 'Divertida Mente 2' entrega o que os fãs queriam e começa a tirar a tristeza do Mickey - Engenharia do Cinema

publicado em:24/06/24 11:55 AM por: Gabriel Fernandes CríticasNos CinemasTexto

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Depois de um grande período de fracassos consecutivos, por conta do lançamento de vários títulos cujo o público não demonstrava o interesse e que não se esforçam para entregar o que a grande maioria gostaria de assistir, parece que a Disney aprendeu a lição e em “Divertida Mente 2” entregou tudo que os fãs da franquia e animações do estúdio queriam: seu estilo original de volta.

Isso acaba sendo comprovado apenas nos números das bilheterias mundiais, pelas quais mostram que a arrecadação mundial já passou dos US$ 720 milhões, em menos de 10 dias em cartaz. Para um orçamento de US$ 200 milhões, pode-se dizer que ele já está começando a gerar lucro ao Mickey.

Imagem: Disney/Pixar (Divulgação)

A trama se passa alguns anos depois do término do primeiro, com Riley começando a transitar da fase criança para a adolescência. Diante deste cenário, começa uma verdadeira “reforma” em sua consciência com a chegada das emoções ansiedade, tédio, vergonha e inveja. Mais resilientes que as básicas, que são a alegria, raiva, medo e tristeza, eles começam um verdadeiro conflito para ver quem irá dominar as emoções de Riley. 

Roteirizado pela dupla Meg LeFauve (responsável também pelo primeiro) e Dave Holstein, a trama opta por um caminho fora da zona de conforto. Por isso, podemos começar a notar que os rumos são diferentes dos presenciados no original, não bebendo da mesma fonte que já havia sido sucedida. 

Agora com novos personagens, a trama ainda continua transpondo com sucesso ao público, todas as emoções que presenciamos em cena. Sendo a verdadeira antagonista da produção, a personagem Ansiedade rouba a cena por completo. Dublada por uma Tatá Werneck totalmente desconhecida na caracterização, ela transparece todos os sintomas caóticos que essa emoção carrega. 

Considerada um dos maiores inimigos da mente humana nos últimos anos, a narrativa explora muito bem como a Ansiedade funciona dentro da mente do ser humano em determinadas situações delicadas e até mesmo simples. E ela pode se tornar tão fatal, que deixa para escanteio a possibilidade de outras emoções sequer serem expressadas. 

Por isso o roteiro é sutil, em ter desenvolvido a personagem tão bem, a ponto de roubar a cena e deixar para escanteio todas as outras emoções. Embora o quarteto original ainda esteja muito bem executado e com uma química divertida.

“Divertida Mente 2” é uma verdadeira aula de como conceber uma continuação, e um sinal que a Disney ainda pode se salvar no meio do caos.



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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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