MARVEL É CINEMA: "O Incrível Hulk" - Engenharia do Cinema
Em meio as discussões de diversos cineastas de renome, sobre a Marvel fazer ou não cinema, o “Engenharia do Cinema” resolveu desenvolver o quadro “Marvel é Cinema”. O propósito será fazer uma revisão diária de pelo menos dois longas do estúdio, de “Homem de Ferro”, até o grande “Vingadores Ultimato”.
Um mês e meio após o grande lançamento de “Homem de Ferro”, a Marvel já tratou de lançar seu segundo filme. “O Incrível Hulk” não era uma história de origem, mas mesmo assim, é considerado por muitos, como um dos mais fracos de todos os longas do estúdio.
A história mostra Bruce Banner (Edward Norton), vivendo isolado em uma favela do Rio de Janeiro, tentando controlar novas transformações do Hulk. Mas após um incidente, ele acaba indo parar novamente nos Eua e junto a Dra. Betty Ross (Liv Tyler), ele tenta buscar uma cura. Ao mesmo tempo ele tem de enfrentar o pai desta, o General Ross (William Hurt) e uma nova ameaça criada por ele, através do militar Emil Blonsky (Tim Roth).
Não hesito em dizer que a ÚNICA coisa aproveitada deste filme no decorrer de toda a saga do infinito, foi o General Ross. Os incidentes com o Hulk, a aparição de outros personagens e o caos visto aqui, sequer foram mencionados nas outras produções da Marvel. Mesmo tendo mudado o ator (por causa de constantes brigas dentre Norton e os executivos da Marvel), “O Incrível Hulk” foi literalmente jogado para escanteio.
E como boa parte das filmagens ocorreram no Brasil, fica claro que não foram usados atores nativos para algumas cenas e ficou realmente estranho, por questões de usarem dublagens bastante desconexas com os personagens brasileiros.
Os efeitos visuais do longa são bem realizados, a narrativa consegue convencer, mas na época o estardalhaço não foi grande por um simples motivo: Norton realmente não convenceu como o verdadeiro Bruce Banner, mesmo se esforçando. Tyler e Hurt já provaram o contrário e realmente combinaram como Filha e Pai, respectivamente (tanto que até hoje assumem estes cargos, na Marvel).
A única coisa que pode-se dizer que este filme serviu, foi a cena pós-créditos, onde Tony Stark aparece em um bar, para conversar com o General Ross. Foi neste momento, que vimos que era capaz de se colocar um personagem de outro filme, em outro completamente diferente. E que “Os Vingadores” iria MESMO acontecer.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.