Crítica | Canina - Engenharia do Cinema

publicado em:24/02/25 7:25 PM por: Gabriel Fernandes CríticasDisney+StreamingTexto

Em sua busca por conquistar seu primeiro reconhecimento oficial pela Academia, Amy Adams tem se envolvido em projetos inusitados e diferentes. “Canina” facilmente entra nesta vertente, mas não estamos falando de um projeto que poderia figurar nas premiações, embora ela tenha conseguido ser indicada ao Globo de Ouro de atriz em comédia/musical, mas de uma obra que reflete os sentimentos maternos.

Baseado no livro de Rachel Yoder, acompanhamos a rotina cansativa e linear de uma mãe (Adams), que literalmente vive em função de seu filho pequeno. As coisas começam a andar ainda mais fora dos trilhos, quando ela descobre que está, aos poucos, se tornando um cachorro.

Mesmo que a ideia da produção seja interessante e traga uma reflexão de até quando um casal deve ser companheiro com a chegada de seu primeiro filho, a premissa remete e bastante ao longa “Tully” (realizado pelo cineasta Jason Reitman).

Perceptivelmente Adams entrou de cabeça para o papel, pois além de engordar, e muito, para interpretar a protagonista, desde sua primeira cena é nítido o quão ela está cansada de sua rotina. 

Só que os problemas na narrativa de Marielle Heller, responsáveis pela direção e roteiro, começam quando existem algumas inserções forçadas como os arcos envolvendo o marido de Adams (Scoot McNairy). Mesmo que seu personagem seja do “marido que não liga para nada”, parecia que o ator estava em outro tipo de filme.

“Canina” é mais uma interessante produção estrelada por Amy Adams, e trás com naturalidade as consequências dos primeiros períodos da maternidade.



Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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