Como foi a "Horror Expo 2019"? - Engenharia do Cinema
Como diria o ditado “antes tarde do que nunca”. Depois de 15 dias, desde a sua primeira edição oficial, a “Horror Expo” ainda dá o que falar nas mídias sociais. Seja por ser o primeiro grande evento voltado ao cinema de horror, no Brasil, ou pelos belíssimos trabalhos artísticos expostos.
Sim, meus caros leitores, se você acha que a “Horror Expo” era algo como uma CCXP ou BGS, pode tirando seu cavalinho da chuva. O evento foi feito por e para amantes do CINEMA. E quando digo isso, digo com toda a certeza e clareza. A começar que além da extrema atenção que todos os funcionários tinham conosco, todos os stands apresentavam alguma técnica ou estilo cinematográfico utilizado.
Como o “Engenharia do Cinema” optou por ir no primeiro dia do mesmo, na sexta, 18 de outubro, em um primeiro momento tivemos a ventura de pegar um pavilhão tranquilo. Em menos de três horas, consegui visitar todos os stands, fazer as atividades desejadas e ainda atualizar as redes sociais sobre tudo o que havia feito no local.
Mas como esse que vos fala é um cinéfilo, era óbvio que iria assistir às apresentações nos painéis, montados no local. Primeiramente assisti ao divertido “The Nightmare Cinema”, que contou com a apresentação e abertura do mestre do horror trash, Mick Garris. O longa era dividido em uma série de esquetes, onde os personagens entravam em um cinema, cujas exibições era histórias de terror, protagonizadas pelos próprios. Se você não curte filmes do gênero, não iria ficar nem dois minutos ali.
Após o término, chegou o pessoal do programa “CineLab”, composto pelo trio Armando Fonseca, Kapel Furman e Raphael Borghi. Eles mostraram o segredo de algumas produções de horror, que já foram idealizados por eles, assim como apresentaram os materiais e objetos que já foram utilizados em seus trabalhos anteriores. Além de interagirem com o público presente e sancionarem diversas duvidas.
Um pouco depois, a vibe de cinema continuou no local, com a presença do divertido cineasta Rodrigo Aragão. Responsável pelos filmes “Mangue Negro” (2008), “A Noite do Chupacabras” (2011), “Mar Negro” (2013), “As Fábulas Negras” (2015), ele apresentou uma prévia, mesclada com um making-off de seu novo longa, “O Cemitério das Almas Perdidas”, cujo lançamento está marcado para 2020.
Durante a conversa ele disse, de forma bastante humorada, as dificuldades nas produções em cenários como mangue, florestas e afins. Em resumo “filmem em estúdio que sai mais em conta”, brincava Rodrigo, a cada término de suas desventuras para conceber “Mangue Negro”. Mas não posso esquecer o grande apreço e carinho que ele teve, ao retratar sua parceria com o grande José Mujica Marins, o grande Zé do Caixão, em um de seus projetos.
Mas não foi apenas de bate-papos que Rodrigo esteve no local. Ele levou toda sua exposição do “Museu dos Monstros“, pelo qual mostrou seu brilhante e perfeito trabalho artístico, ao longo de mais de 25 anos.
Por fim, os espectadores presentes foram contemplados com um divertido show da banda “DeathStar” que, se pudessem, ficariam mais duas horas no palco, tranquilamente.
Veja algumas fotos do evento, abaixo:
E para os que ficaram tristes em perder esse grande evento, eles já anunciaram que a edição de 2020 acontecerá dentre os dias 02 e 04 de outubro!
Acompanhe o “Engenharia do Cinema” para mais novidades.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.