Crítica - Star Wars: A Ascensão Skywalker (SEM SPOILERS) - Engenharia do Cinema
Desde que a Disney começou esta nova trilogia de “Star Wars”, a sensação de medo e insegurança sempre permaneceu no coração dos fãs. Com uma excelente abertura em “O Despertar da Força”, em 2015, parecia que a saga iria continuar no mesmo estilo dos clássicos longas. Porém após os lançamentos de “Os Últimos Jedi” e “Han Solo”, o medo e decepção foi crescendo. O que era pra ser algo marcante e inovador, foi deixado pra escanteio e distorções no enredo principal com várias histórias genéricas estavam sendo apresentadas. O último longa desta nova safra, “A Ascensão Skywalker” foi rodeado de mistérios, mas antes de mais nada, já alerto que neste texto NÃO DAREI SPOILERS, por isso pode ler tranquilo minha opinião sobre este nono episódio.
Por isso deixarei a trama principal descartada neste texto, para não tirar a emoção dos que ainda assistiram ao longa. Mas o que posso dizer é que o foco foi encerrar exatamente tudo o que foi apresentado em toda a saga até então (por isso recomendo você assistir a TODOS os filmes da série, antes de se aventurar neste).
O roteiro de Chris Terrio (“Batman vs Superman”) e J.J. Abrams (que também assinou a direção) realmente consegue deixar os fãs de Star Wars empolgados na narrativa principal a todo o momento. Porém quando se trata das tramas paralelas se tem o problema principal. Personagens como C-3PO, Chewbacca e a novata Zorii Bliss (Keri Russell), possuem arcos que não se decidem e são bastante mal abordados. Mas quando estamos na batalha final, parece que a preguiça dominou eles e literalmente COPIARAM o trabalho de Christopher Markus e Stephen McFeely em “Vingadores Ultimato” (EU RI ALTO, DE TANTA RAIVA!).
Mas lendo este paragrafo parece que o longa é um desastre total. Muito pelo contrario, pois a narrativa mesmo assim conseguiu me prender durante suas 2h10 de projeção. Rey (Daisy Ridley) tem as cenas mais impactantes do longa e realmente o arco dela é surpreendente e bem desenvolvido, assim como Kylo Ren (Adam Driver), que mesmo sendo previsível consegue ter exito pela própria atuação do ator. Os fã services estão bem divertidos, com destaque para o desenvolvimento em CGI de Carrie Fisher (que foi feita inteiramente com o recurso, pois ela já havia falecido na pré-produção do longa) e a aparição de Lando (Billy Dee Williams).
Claro que mais uma vez os destaques são para o design de produção e os efeitos visuais, que estão muito bem realizados e facilmente compramos aquele universo desenvolvido por J.J. Abrams. O recurso 3D funciona e tem um forte auxilio em duas cenas de ação em especifico.
“Star Wars: A Ascenção Skywalker” poderia ter tido uma melhor abordagem neste final, mas acaba se tornando APENAS um final divertido, mas nem um pouco memorável como às outras duas trilogias.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.