As mulheres SEMPRE dominaram o cinema, mas você não pode se lembrar... - Engenharia do Cinema

publicado em:18/12/19 11:17 AM por: Gabriel Fernandes ArtigosColunas

Nos últimos dias tenho me deparado com diversos discursos sobre o quão atrizes como Daisy Ridley (da nova trilogia de “Star Wars”) e Gal Gadot (a Mulher Maravilha), tem inovado o cinema na categoria “protagonista feminina de sucesso”.

Julie Andrews em “Marry Poppins”, de 1964 (Disney/Divulgação)

MUITAS pessoas insistem em jogar que o mundo do entretenimento NUNCA teve isso, mas vamos parar um pouco e analisar o passado. Em pleno anos 60 o cinema conhecia atrizes que se tornaram icônicas como Julie Andrews que protagonizava os marcantes “Marry Poppins” e “A Noiviça Rebelde”, Elizabeth Taylor se transformava em uma das principais musas da época devido ao seu sucesso no clássico “Cleópatra” e Audrey Hepburn viraria o grande xodó dos cinéfilos com sua Holly Golightly, em “Bonequinha de Luxo” (essa então, ninguém conseguiu fazer uma atuação tão boa quanto a dela, neste tipo filme).

Audrey Hepburn e George Peppard em “Bonequinha de Luxo”, de 1961 (Paramount Pictures/Donaldson Collection/Getty Images/Divulgação)

Alguns anos antes, em pleno anos 50, a grande Marilyn Monroe fazia sucesso como uma das principais atrizes da história do cinema. Um dos nomes pioneiros do termo Famme Fatalle, até hoje a atriz de “Quanto Mais Quente Melhor” revolucionou o cinema com sua interpretação e conseguiu ganhar o próprio filme pra si, “passando a perna” em atores Tony Curtis e Jack Lemmon. Isso sem contar as diversas outras produções que Monroe participou, até sua misteriosa morte em 1962.

Mas vamos voltar um pouco mais ao passado, em pleno anos 30. Já ouviram falar do clássico “O Mágico de Oz”, que foi lançado em 1939? A sua protagonista era interpretada por Judy Garland e até hoje ela é considerada uma das maiores atrizes de todos os tempos. Sua conturbada vida pessoal, inclusive, ganhou um longa neste ano estrelado por Renée Zellweger (que provavelmente vai ganhar o Oscar, por esta interpretação).

Sigourney Weaver em “Alien: O Oitavo Passageiro”, de 1979 (Fox Film/Divulgação)

Eu ainda não me esqueci de mencionar o grande clássico de Ridley Scott, “Alien: O Oitavo Passageiro”, de 1979, que não só revelou ao cinema Sigourney Weaver, como lhe transformou em um dos principais nomes do cinema de ação. Até hoje a franquia Alien é uma das pioneiras a ter como protagonista uma mulher, junto a “Resident Evil” (protagonizada com maestria por Milla Jovovich).

Isso porque eu não mencionei as estrelas da televisão, onde tínhamos diversas protagonistas de peso em séries clássicas como “As Panteras”, “A Feiticeira”, “Jeannie é um Gênio” e a própria série da “Mulher Maravilha” estrelada por Linda Carter.

Depois desta breve reflexão, vemos que as polêmicas sobre o assunto que ocorrem hoje em dia, acabam sendo mescladas com outros argumentos complexos (como o movimento Me Too) e que acabam sendo mal interpretados por muitas pessoas. Não adianta mudarem o sexo de protagonistas em franquias como 007 e “Caça-Fantasmas”, e alegarem que “as mulheres nunca tiveram chance no cinema” se o passado já provou que a sétima arte possui grandes interpretações de nomes femininos.

Caso você ainda duvide das índoles dessas produções sugiro que as assista e leia sobre, assim que puder e tire suas conclusões.

Obs: Não é porque algumas delas não conseguiu um Oscar, que elas não marcaram o cinema.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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