Crítica - Turma da Mônica: Laços - Engenharia do Cinema
É impossível algum brasileiro hoje em dia, não ter crescido sem ler os quadrinhos dos personagens da “Turma da Mônica”. Em meio a tantas adaptações de histórias em quadrinhos em diversos países (sim, isso não ocorre apenas nos Eua), chegou a vez da “Mauricio de Sousa Produções” finalmente elevar para os cinemas aqueles personagens que enalteceram a imagem das histórias em quadrinhos brasileiras.
Para isso foi escalado o excelente diretor Daniel Rezende (“Bingo: O Rei das Manhãs”), que já tem experiência suficiente com o cinema, para mostrar exatamente o que os fãs de Mauricio de Souza querem.
A história é bem simples e foca nos personagens centrais da Turma, que são a própria Mônica (Giulia Benite), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira). Porém a trupe se une na missão de investigar o sumiço do cão do segundo, Floquinho.
Pra quem está acostumado com o personagens, logo irá notar as diversas referencias aos quadrinhos e easter eggs nas cenas. Seja através de uma pelúcia, personagens conhecidos (como o romântico Titi, que chega a render momento hilários), artigo no jornal ou até mesmo um objeto em cena. Mas isso não é a única coisa necessária para se guiar uma narrativa.
Rezende utiliza um recurso bastante “infantil” em sua narrativa, onde a todo momento ele procura enaltecer a ingenuidade dos personagens, envoltas a sequencias que já conhecemos de outras produções clássicas de nomes como John Hudges e até do próprio Steven Spielberg. Para as crianças, isso funciona perfeitamente. Mas para os adultos, depende do humor, mas em geral digo que não.
Com relação ao elenco, as crianças estão bem e chegam realmente a arrancar alguns risos com as claras expressões tiradas das Hqs. Só que a menção honrosa vai cair na mão do próprio Rodrigo Santoro, que faz uma ponta como o personagem Louco e rouba a cena. Infelizmente temos nomes como Monica Iozzi e Paulinho Vilhena, sem absolutamente nada pra fazer (sendo que esse segundo possui um arco que poderia ter tirado mais risadas).
“Turma da Mônica: Laços” vale a pena pela enorme sensação nostálgica que foi provocada. Fora isso é mais uma diversão de “Sessão da Tarde”, para essas férias escolares.
Nota: 8,0/10,0
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.