Crítica - Valvet Buzzaw - Engenharia do Cinema
Jake Gyllenhaal e a atriz Rene Russo, com o seu marido diretor e roteirista Dan Gilroy, já nos deram o ótimo “Abutre” em 2014 (que rendeu uma indicação ao Oscar de roteiro Original para ele). Depois de um hiato de quatro anos, o trio nos entrega um longa completamente diferente do seu antecessor. “Velvet Buzzaw” em um primeiro momento parece um drama crítico sobre a ganância na indústria da arte, mas da metade para o final vira um verdadeiro longa de horror.
A história tem início com o ganancioso crítico de obras Morf (Gyllenhaal), que trabalha para o museu de Rhodora Haze (Russo). Até que um dia essa acaba adquirindo artes de um falecido artista desconhecido, onde aparentemente parecem ter um enorme valor. Porém, à medida que se começa a desenvolver uma conexão com as obras, elas demonstram ter um poder extremamente assassino.
Em sua primeira hora, Gilroy cria um exato retrato do que há de ganancioso e sem noção no mundo das artes. Isso é bastante válido durante boa parte da narrativa (inclusive ele opta em um arco com a personagem de Toni Collette, que rende boas risadas devido ao humor negro inserido nela), porém, ele opta por explorar em doses homeopáticas o relacionamento de Morf e a curadora Josephina (Zawe Ashton), pelo qual não possuem química alguma e tenta “criar” um arco nada a ver com o contexto que fora proposto pela narrativa e não lhe acrescenta em nada. Tudo isso acaba transformando o longa em geral em algo bastante arrastado, chato e banal e faz o espectador desistir do que está assistindo e procurar outra coisa no catálogo.
“Velvet Buzzsaw” é a primeira bomba que temos em 2019, onde, ao mesmo, tendo um elenco renomado, não consegue desenvolver uma história de horror digna de atenção, muito menos que consegue dar sustos e ser impactante como outros.
Nota: 4,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.