Vin Diesel já se mostrou um forte nome na área de produção no cinema. “Proprietário” das franquias “Velozes e Furiosos” e “Triplo X”, cada vez mais ele bola desculpas para continuar histórias que pareciam já ter acabado e rende bilhões nas bilheterias. Sua nova empreitada é “Bloodshot”, primeira adaptação dos quadrinhos da Vertigo e pretende abrir um leque das produções cinematográficas desta editora.

A história mostra Diesel como o militar Ray Garrison, onde após ter sua namorada brutalmente assassinada, acaba sendo morto também. Mas ele acaba sendo ressuscitado pela empresa RST, sob comando do cientista Emil Harting (Guy Pearce) que lhe transforma em uma verdadeira maquina imortal e regenerativa. Então, por conta própria, ele decide sair em busca do homem que matou sua namorada.

Os primeiros cinquenta minutos do longa são extremamente bacanas (do regular para o ruim), onde temos uma péssima direção de Dave Wilson (em sua estreia na função) que além de usar o recurso da câmera balançando como “ajuda” em cenas que ele claramente não estava conseguindo filmar bem, faz questão de colocar também flashbacks explicativos constantemente (acabamos de ver determinadas coisas acontecerem, e não havia a necessidade de revermos as cenas novamente!). Os menos exigentes irão comprar facilmente o enredo até aqui, diferente daqueles que buscam algo mais sucinto (que vão odiar).

Mas após a demarcação citada, o filme tem um ploat-twist que faz nós espectadores conseguirmos criar um interesse pela história (mesmo cientes de como irá terminar). Em quesito de atuações, não a como pautar nada há não ser que Diesel (cujo papel cairia melhor com o Jon Bernthal) e Pearce estavam bem canastrões nos papéis.

“Bloodshot” não é um filme ruim, mas é um mero filme de ação que consegue divertir se você procura um divertimento escapista e entretenimento simples por duas horas.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.