Crítica - De Repente Uma Família - Engenharia do Cinema

publicado em:22/03/20 10:19 AM por: Gabriel Fernandes CríticasStreamingTelecine PlayTexto
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O estilo “comédia familiar” vem sumindo cada vez mais dos cinemas, e dando espaço a produções com retorno financeiro mais certeiro as distribuidoras, como longas de heróis e sequencias de blockbusters rentáveis. Quando sai um novo titulo daquele gênero, dificilmente conseguem agradar ao público em geral e surpreender a todos, o que é o caso deste “De Repente Uma Família”, cujo enredo é inspirado na vida do próprio diretor, produtor e roteirista deste, Sean Anders (“Pai em Dose Dupla”). O longa só não fez um sucesso financeiro, como também possui um enredo de extrema qualidade.

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

Ele foca na vida do pacato casal Pete (Mark Wahlberg) e Ellie (Rose Byrne), que resolvem criar um filho adotivo. Para isso eles procuram uma companhia que presta tais serviços, e ao encontra-la, por lá eles acabam se apegando com a adolescente Lizzy (Isabela Moner). Porém eles não imaginavam que ela possuía dois irmãos caçulas (Gustavo Quiroz e Julianna Gamiz), e pelo quais eles também terão de adotar. Logo a vida de todos começa a virar de cabeça para baixo.

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

É normal você já ter visto milhares de vezes essa história em diversos longas da “sessão da tarde”, porém Anders procura focar o enredo mais na relação dramática das situações, e utilizando a comédia como um certo “alivio” dentre as situações difíceis aos quais a dupla protagonista vive. Só que esses às vezes parecem terem tido como “conselheiro” ninguém menos que o próprio Adam Sandler (que já trabalhou com Anders, em “Esse é Meu Garoto”), pois existem algumas piadas que são encaixadas exatamente pós um momento dramático do longa, seja por intermédios dos próprios filhos caçulas ou da comediante Iliza Shlesinger (cuja mesma piada envolvendo o longa “Um Sonho Possível” é repetida exaustivamente durante todo o filme), o que acaba literalmente quebrando o efeito da cena anterior.

Falando no quesito de atuações em geral, o Mark Walhberg ta mais uma vez muito bem no papel de protagonista, e sabe lidar com a dosagem dramática/cômica que seu personagem apresenta, e o mesmo pode-se dizer de Byrne, que também possui uma ótima química com ele. No quesito das crianças, digamos que enquanto as mais novas ficam literalmente “apagadas” no desenrolar da narrativa, a única que acaba sendo desenvolvida é a personagem de Moner (que mais uma vez interpreta uma adolescente rebelde).

“De Repente Uma Família” consegue entreter aqueles que procuram um longa relaxante, e no final das contas acabará também arrancando lagrimas e risos de formas inesperadas.

Até o presente momento o filme é EXCLUSIVO do serviço TELECINE PLAY.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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