A pedidos dos leitores e seguidores do Engenharia do Cinema, resolvemos fazer essa edição especial do quadro “Vamos Recordar?”, com os longas mais marcantes da carreira de Stanley Kubrick.

É inegável que nesta altura todos já ouviram a música tema de “2001 – Uma Odisseia no Espaço”: “Gayane Ballet Suite — Gayane’s Adagio” composta pela orquestra Leningrad Philharmonic e escrita por Aram Khachaturyan. Tendo sido referenciada e tocada em diversos filmes e séries até hoje (inclusive em “Os Simpsons”), muitos lhe definiram como o principal ponto marcante deste filme de Stanley Kubrick.

Mas todo cinéfilo raiz sabe que o ponto é munto mais profundo. Seja pelo fato de se tratar de a primeira e única vez que o cineasta levou um Oscar. Porém não como de melhor filme, direção ou até mesmo roteiro, mas sim de efeitos visuais! Sim, Kubrick também foi o responsável pelos excelentes efeitos de “2001” e muitas pessoas não se recordam deste fato.

A trama é muito mais complexa do que imaginamos, mas nunca foi tão real quanto agora. Ela acompanha um grupo de astronautas que são enviados para uma missão espacial ultra secreta. Mas, à medida que ela avança, começam a perceber que o sistema operacional de inteligência artificial, começa a aparentar defeitos.

Os mais desatentos não pararão para notar que a sequência de início (dentre os macacos em um deserto) é basicamente um resumo sutil de tudo que está por vir no longa. Mas por que os macacos? A ciência sempre diz que os homens vieram destes. Mas como nem tudo são às mil maravilhas, o excesso de detalhismo e impressionismo que o cineasta faz, poderá causar um cansaço enorme no espectador que procurará algo como “Interestelar” (cujas referências são realmente muito notáveis).

Como praxe de todo grande cineasta, pelo menos um filme espacial deve ter em sua filmografia e “2001 – Uma Odisseia no Espaço” é o de Kubrick. Um ano após o lançamento do filme, em 1968, foram geradas algumas polêmicas, onde até hoje dizem que Kubrick foi o responsável pela gravação do homem pisando na lua (devido aos detalhes que ele reproduziu sobre o espaço e a viagem espacial, com dados que na época não eram comuns).

Independentemente se ele gravou ou não, sabemos que até hoje não tivemos uma obra-prima tão impactante quanto essa.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.