Sem dúvidas este é o filme da carreira de Ben Affeck. Apesar de ter uma trama bem clichê com uma temática padrão, o longa escrito por Brad Ingelsby (“Noite Sem Fim”) mostra a história de um homem que luta contra o alcoolismo e as influências que isso causa em sua vida profissional e pessoal.

O personagem de Affleck se chama Jack, que após diversas crises e recaídas com a bebida, acaba sendo contratado para comandar o time de basquete de uma escola religiosa. Porém a medida que a equipe vai crescendo, ele percebe que tem de começar a lutar contra seus próprios demônios.

Desde “Garota Exemplar” não via Affleck em um papel tão pesado, forte e reflexivo quanto este (e olha que já se passaram quase seis anos). Sua expressão no olhar e gestos, mostram que ele realmente estava vivendo o personagem (e não era apenas o marketing feito pelo próprio ou estúdio).

Se não fosse apenas essa questão, teríamos apenas um filme comum de esporte, pois as cenas dele com a equipe não fogem dos padrões do gênero (equipe desunida/placar é definido em cima/ time se junta/o resto você já sabe). Mas quando cortamos os momentos para ele com a ex-esposa (Janina Gavankar), vemos que o drama vivenciado por ambos realmente é o tópico forte desta produção.

“O Caminho de Volta” acaba sendo um filme esportivo, com toques dramáticos que agradará fãs de Ben Affleck e de produções com a temática. Nada mais além disso.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.