Crítica - A Hora da Sua Morte - Engenharia do Cinema
Este é aquele típico filme que em menos de cinco minutos conseguimos adivinhar toda a premissa, assim como o desfecho. Não é atoa que “A Hora de Sua Morte” foi um dos maiores fracassos da Universal Pictures em 2019/começo de 2020 (apesar de ter sido lançado pela Diamond Films, no Brasil).
Com um enredo bastante similar ao da franquia “Premonição”, a trama mostra um aplicativo chamado “Countdown Death”, cujo propósito é prever certeiramente a morte de seus usuários. Atormentada por lhe restarem apenas dois dias de vida, a enfermeira Quinn (Elizabeth Lail) corre contra o tempo para tentar burlar isso.
A começar que o marketing da distribuidora foi muito criativo, ao lançar o aplicativo mencionado para celulares no países que o filme foi lançado. Mas se marketing fosse sinônimo de qualidade, teríamos até “Esquadrão Suicida” como o mais sucessivo filme da Warner. A direção e roteiro de Justin Dec não são nem um pouco convincente ou inovadores.
O tempo todo parece estarmos vendo uma produção televisiva B, que cada vez mais nos apresenta arcos desinteressantes e previsíveis. As únicas coisas realmente boas são as pequenas participações dos comediantes Tom Segura (vendedor na loja de celulares) e P.J. Byrne (o Padre “maluco”). Se não fossem os dois citados, teria sido algo bem banal e esquecível.
“A Hora da Sua Morte” funcionará apenas se você for buscando algo no nível “Premonição” e nada mais além do que uma trama mais do mesmo e muito previsível.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.