Crítica - Killing Eve: Dupla Obsessão (2ª temporada) - Engenharia do Cinema
Após uma tensa e memorável primeira temporada, a segunda de “Killing Eve”, parece ter começado a mudar os rumos da série. Agora a caça e a caçadora oficialmente viraram caçadoras, e a surpresa começou a tomar conta do recinto. Realmente a criadora Phoebe Waller-Bridge (protagonista de “Fleabag”) sabia o que estava fazendo, quando acostumou o espectador no seu ano um.
Logo de cara esta temporada trata de mostrar que Villanelle (Jodie Comer) está viva e pronta para continuar a tirar uma onda da cara da investigadora Eve (Sandra Oh), que continua lhe perseguindo mundo a fora. Mas agora, o grande diferencial é que ambas enfrentarão várias surpresas que cada vez mais cruzarão seus caminhos.
Antes tínhamos uma temporada cuja comédia era a voz mais alta, porém, agora vemos todas as consequências dos atos da dupla central tomarem forma. Como nós já possuímos afeição com ambas, quaisquer das atitudes e desdobramentos delas, nós acabamos sentindo. Isso é feito com muito cuidado e maestria, e tudo não acaba sendo jogado de uma vez.
Mais uma vez a grande estrela da temporada acaba sendo a própria Comer, que realmente prova que ela está conquistando aos poucos seu espaço como uma das grandes atrizes da atualidade. Embora desta vez as subtramas acabam enaltecendo um destaque maior para os personagens Konstantin (Kim Bodnia) e Nico (Owen McDonnell), que possuem as tramas regadas a um mistério maior, assim como suspense.
Novamente com oito episódios, a segunda temporada de “Killing Eve: Dupla Obsessão” consegue exibir mais algumas respostas e porquês, mas teve o azar de exibir um desfecho não muito criativo.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.