Crítica - John Wick 3: Parabellum - Engenharia do Cinema

publicado em:26/05/19 11:50 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

É inegável citar que o personagem John Wick é um dos melhores criados pelo cinema nos últimos anos. Por causa de um cachorro, um carro e uma foto, ele foi capaz de destruir um exército inteiro sozinho. Mas divergindo de personagens como Rambo e Chuck Norris, Wick apanha, se quebra, fica sem munição e sangra MUITO em seus confrontos, ou seja, ele é “humano”. Interpretado por Keanu Reeves, os dois longas antecessores não só renderam milhões em bilheteria como os elogios do público e crítica conseguem ser cada vez mais superados. O mesmo pode-se dizer de “John Wick 3: Parabellum”. 

Keanu Reeves and Halle Berry in John Wick: Chapter 3 - Parabellum (2019)

O filme começa exatamente quando o seu antecessor parou, onde após cometer um assassinato no Hotel Continental (algo que é proibido por seus administradores), ele é colocado numa espécie de “lista negra” dos assassinos, onde sua morte renderá 14 mil dólares para quem a fizer. Sendo assim, acompanhamos Wick na luta por sua vida, custe o que custar. 

Mais uma vez comandando por Chad Stahelski, o longa procura inovar não só nas cenas de morte, mas também nas de ação e luta. Para nossa alegria, nenhuma delas se repete neste filme, muito menos é tirada dos antecessores (como muitas sequências vem fazendo). Tudo aqui é desenvolvido de forma nova, inovadora, não pecando para manias das cenas “ensaiadas” (como ocorrem em filmes do Jackie Chan e James Bond). Consequentemente, nós, espectadores, somos contemplados com sequências interruptas de ação (os 20 primeiros minutos são realmente incríveis). 
Reeves novamente se entrega muito bem no personagem e vemos que ele nasceu para o gênero. O mesmo podemos dizer de Halle Berry, que após anos fora de longas de ação de qualidade, volta em um papel que honra, seu legado no cinema. As cenas de luta com o personagem do Mark Dacascos também são ótimas e ele demonstra aos poucos não ser um simples “vilão”. Já os nomes que retornam dos outros longas, que são de Ian McShane, Lance Reddick e Laurence Fishburne, aparecem pouco, mas cada um tem seu momento de importância pra história. 
“John Wick 3: Parabellum” consegue se superar no quesito de qualidade em relação aos antecessores e mostra que, se a franquia continuar nesse naipe, ainda terá muitos longas pela frente. RECOMENDO! 
Nota: 10,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet. 



A última modificação foi feita em:outubro 13th, 2020 as 11:49


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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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