Rodrigo Bernardo, é um cineasta santista que ficou famoso por criar a série “(Des)Encontros” e o longa “Talvez Uma História de Amor”. Membro da academia internacional de votantes do Emmy, agora ele enfrentará dois novos grandes desafios: O filme do “Jaspion Brasileiro” e a cinebiografia da banda “Charlie Brown Jr,”. Ele veio a santos para um bate-papo no “4º Santos Film Fest”. Bastante simpático e bem humorado, cedeu uma divertida entrevista para o “Engenharia do Cinema” e “Radio RVD”:

Engenheiro: Primeiramente, eu andei lendo sua filmografia e adorei “Talvez Uma História de Amor”. Agora você vai fazer o filme do Jaspion, pelo qual você é fã do personagem. Qual a expectativa para esse projeto?

Rodrigo: Eu assistia ao seriado na Manchete. Cara é incrível, uma honra em primeiro lugar e nunca imaginei isso. Estava trabalhando no filme, e do nada de um “tuiti” na cabeça e pensei “pera ai, eu to trabalhando em um filme do ‘Jaspion'”! E lógico, eu fui no circo do “Jaspion” no Emissário três vezes, aqui em Santos, com meus pais. Eu lia “Jaspion”, “Jiraya”, essas coisas. Então é uma honra, uma baita responsabilidade, mas o principal que é muito divertido.

Engenheiro: Na mesma onda de “Jaspion”, “Ultramen”, “Nacional Kid”, você já pensou em fazer outros filmes dessa mesma pegada?

Rodrigo: Depende de outras coisas, mas claro, super legal.

Engenheiro: Eu li a respeito que você conversou com a empresa criadora do Jaspion original [“Toei”], vocês fizeram um acordo com eles. E na verdade vocês estabeleceram um acordo, pois trata-se de uma versão brasileira do personagem. Como está sendo esse peso, porque como você sabe hoje tem muitos fãs chatos, que não aceita a modificação do personagem, mesmo antes de sequer ver algo pronto?

Rodrigo: Eu acho que na vida inteira, não só no cinema, eu acho legal a gente ignorar um pouco [risos]. Sempre vai ter, não adianta [risos]. Mas foi incrível entrar em contato com a “Toei”, que é a empresa que cuida de todos esses. Conversei com o diretor criativo do Jaspion, ele que teve de aprovar, e aprovou. Foi emocionante participar dessa conversa, e ele participou de um painel que nós fizemos no Rio [de Janeiro]. Então, é uma responsabilidade, mas ao mesmo tempo no minimo tem de ficar bom pra caralho [risos].

Engenheiro: Com o filme do Jaspion, a sua carreira vai dar uma decolada legal. Você já esta visando se tornar um cineasta como o Afonso Poyart (que dirigiu “Presságios de Um Crime”, nos EUA) e Fernando Meirelles (diretor de “Ensaio Sobre a Cegueira”), trabalhando com grandes nomes de Hollywood? Existe algum projeto em mente e a caminho?

Rodrigo: Já tem um projeto gringo, em andamento de roteiro. Baseado em um livro gringo também, mas eu não posso falar mais a respeito disso [risos].