Crítica - As Múmias e o Anel Perdido - Engenharia do Cinema

publicado em:17/04/23 10:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasHBO GOStreamingTexto

Enquanto a Disney se preocupa em fazer animações voltadas ao público das minorias, e consequentemente decai na qualidade e confiança dos pais ao levarem seus filhos para verem as mesmas, outros estúdios continuam mostrando que o gênero ainda há muito do que ser explorado para os pequenos. Nesta linha de pensamento, a Warner Bros da Espanha realizou em parceria com os EUA a animação “As Múmias e o Anel Perdido“. Com uma pegada bem infantil, realmente estamos falando de um produto feito focado apenas nas crianças com no máximo 12 anos (que certamente vão adorar), ao invés dos adultos. 

Imagem: Warner Bros (Divulgação)

A história é centrada no campeão de corridas de biga Thut, onde após o Rei do Egito falar que ele deve se casar com sua filha, a Princesa Nefer, ambos rejeitam totalmente a ideia. Porém, durante um descuido da dupla e do irmão mais novo do primeiro, Sekhem, eles acabam descobrindo um portal que os leva para Londres dos dias atuais. Logo, eles acabam sendo alvo do inescrupuloso caçador de recompensas Carnaby.

Imagem: Warner Bros (Divulgação)

O roteiro da dupla Jordi Gasull e Javier López Barreira procura não realizar nada inovador ou complexo, que já não tenha sido mostrado em longas envolvendo o Egito e conflitos de tradições/épocas (embora algumas delas funcionem de forma plausível e divertida). Porém, se você for uma criança na faixa da idade citada anteriormente, você conseguirá comprar a premissa da animação já nos primeiros minutos (uma vez que na grade escolar do primário, é ensinado exatamente como funcionava a cultura mostrada no filme).

Ciente que o foco é este, o diretor Juan Jesús García Galocha (que é estreante na função, mas já trabalhou na área de direção de arte em animações como “As Aventuras de Tadeo“) procura estabelecer no desenvolvimento do design de produção do Egito (que realmente é bem feito, sem apelar para cores muito gritantes) e na criação do pequeno “crocodilo de estimação” de Sekhem (que rouba a cena, devido a seu carisma).

As Múmias e o Anel Perdido” é uma tranquila e interessante pedida de animação para ser mostrada apenas e exclusivamente para as crianças, enquanto para os adultos se torna em uma experiência torturante e tediosa.    



Post Tags

Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


Comentários



Adicionar Comentário