Crítica - Loki (2ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:12/11/23 6:00 PM por: Gabriel Fernandes CríticasDisney+StreamingTexto

Em meio a um caos na Marvel Studios, poucas (e me refiro a raras exceções) produções do selo conseguem realmente serem boas. O que é caso de “Loki“, onde embora essa segunda temporada seja uma verdadeira corda bamba (uma vez que nem todos os seis episódios da série, funcionem na mesma sintonia), ele consegue entregar tudo aquilo que estávamos esperando do personagem, que é um “Glorioso Propósito”.

Imagem: Marvel Studios (Divulgação)

A segunda temporada começa exatamente onde terminou a primeira, após Sylvie (Sophia Di Martino) ter assassinado Aquele Que Tudo Sabe (Jonathan Majors) e resultado em uma enorme dispersão entre os vários multiversos. Neste cenário caótico, Loki (Tom Hiddleston) e Mobius (Owen Wilson) tentam descobrir uma solução plausível e que os fará viajar entre várias realidades, anos e universos.

Imagem: Marvel Studios (Divulgação)

Um dos fatores que ajudaram no sucesso desta série, que não é apenas o carisma de Hiddleston e sua química excelente com Wilson e Di Martino, mas o fato do roteiro deixar todo o arco ser focado única e exclusivamente para o que é vivenciado aqui (algo que não aconteceu no recente “As Marvels”, que se preocupou demais em preparar terreno para o futuro da Marvel e deixar sua base, em produções antecessoras do selo). Um mero exemplo para isso, é que não tem como prevermos algumas decisões ou arcos, o que nos faz ter interesse pelo próximo episódio (uma vez que os mesmos sempre se encerram, na hora certa).

Existe uma preocupação em tentar colocar o espectador a par da situação dos multiversos (que é meio complicada de se entender, realmente), por intermédio dos personagens Victor Timely (também vivido por Jonathan Mayors) e OB (Ke Huy Quan). Eles não são apenas jogados, mas sim moldados para terem uma importância neste alcance.

Embora muita parte da série se passe dentro das salas da TVA (um fator que inibe a constante utilização de CGI), o enredo sabe explorar muito bem as várias possibilidades que podem ser exercidas dentro deste cenário (uma vez que agora são focados em outros departamentos da mesma, em relação a temporada antecessora).

Um dos únicos grandes pecados desta temporada, é não ter conseguido explorar alguns personagens que tinham potencial vilanesco como Ravonna Renslayer (Gugu Mbatha-Raw) e a Miss Minutes (dublada por Tara Strong), pois as sementes chegam a serem plantadas, mas na hora da colheita são totalmente deixadas para escanteio.

A segunda temporada de “Loki” é um grato acerto da Marvel, onde embora tenha breves ressalvas, consegue ser um respiro do selo em meio ao caos.



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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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