Crítica - Luce - Engenharia do Cinema
Este é aquele típico filme que tem uma premissa interessante, um desenvolvimento genial, mas um desfecho um tanto que confuso e indeciso. Sendo lançado no Festival de Sundance de 2019, “Luce” foi disponibilizado diretamente na rede Telecine e chama atenção pelo seu trio protagonista composto por Naomi Watts, Octavia Spencer e Tim Roth.
Baseado na peça de J.C. Lee (que também assina o roteiro aqui com diretor Julius Onah), a história mostra o exemplar estudante Luce (Kelvin Harrison Jr.) que, além de ser um dos principais atletas de sua escola, é conhecido por ter as melhores notas do local. Porém, tudo começa a ser colocado em dúvida, quando ele começa a ter constantes conflitos com uma de suas professoras, chamada Harriet (Spencer). Bastante confusos e sem saber o que fazer, seus pais adotivos (Watts e Roth), decidem investigar os motivos por conta própria.
Embora seja um filme que se segure pelas atuações do quarteto central, o roteiro por si consegue plantar sucessivamente o pensamento de dúvida em nossas mentes. Em momento algum ficamos cientes sobre qual dos dois lados estão certos, além de refletirmos sobre diversas questões que acontecem nas escolas. Mas quando ele chega em seu último ato, parece que os cineastas quiseram “destruir” tudo e plantar mais dúvidas em nossas mentes.
Mesmo sendo uma atuação boa, para ter uma noção, o arco da vida pessoal de Harriet é bastante raso (assim como a questão dela ter preconceito com o fato de Luce ser de outro país, é bem sem sentido) e algumas questões sobre suas vivências não conseguem ter uma conclusão muito clara (fazendo a personagem não ser tão interessante quanto deveria). Enquanto o casal central vivido por Watts e Roth conseguem ser melhor balanceados com os arcos de Luce.
“Luce” é um drama que consegue render atenções por conta de seu trio protagonista e nada mais além disso.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
Não gostei do final …não fizeram referência ao trabalho sofrido da professora, não explicaram a doença e final do caso da irmã …chocante e impossível …e o final não deram o obrigatório reconhecimento para o trabalho justo da professora q o salvou (???) Acho q não..