Crítica - Ele é Demais - Engenharia do Cinema
Anunciado um pouco antes do início da pandemia do coronavírus “Ele é Demais” funciona como uma espécie de reboot do romance estrelado por Freddie Prinze Jr. e Rachael Leigh Cook, “Ela é Demais“, lançado em 1999. Realizado pela Miramax, mas vendido para a Netflix por conta do quadro vivido no mundo (além do sucesso do ator protagonista Tanner Buchanan, em “Cobra Kai“) é uma decisão certeira do estúdio, pois estamos falando de uma produção bastante sem vida e que certamente será citado em muitas discussões sobre “distorções desnecessárias do cinema”.
Imagem: Netflix (Divulgação)
A história é basicamente a mesma do antecessor (mas com atualizações para a nova geração), onde temos a popular estudante e influenciadora Padgett Sawyer (Addison Rae) sendo traída pelo namorado Jordan (Peyton Meyer) e tendo o fato compartilhado por todos em uma live do Instagram. Após perder vários seguidores e patrocinadores, ela se mostra disposta a mostrar que consegue transformar um garoto impopular em Rei do Baile de Formatura. É quando ela seleciona o tímido Cameron (Buchanan), que mostra ser muito mais do que ela imagina.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Quando o estúdio contratou o roteirista R. Lee Fleming Jr. para cuidar do texto desta produção, ele simplesmente deve ter pegado o material antecessor e trocado os sexos dos personagens, pois foi claramente isso que ocorreu. Em momento algum temos algum arco ou situação que diga “estamos vendo um novo filme de ‘Ela é Demais‘”, inclusive são escalados a própria Rachael Leigh Cook (como a mãe da protagonista) e Matthew Lillard (amigo do antigo protagonista, e agora vivendo agora o diretor da escola) para aquele clássico comentário “olha só! Eles voltaram para esta franquia!”
Isso tudo poderia ter funcionado, se a produção não se levasse a sério em momento algum. Porém ela não só faz isso, como também usa o clássico estereótipo “vamos colocar um galã mal vestido, com índole familiar e na dele, pra falar que ele é feio e excluído”. Isso já tinha até virado piada na indústria, e enquanto muitas produções fazem questão de brincar com isso nesta altura do campeonato, Fleming acha legal usar isso ainda.
“Ele é Demais” é mais um claro exemplo que Hollywood não deve revisitar franquias e trocar seus estereótipos, em pró a pautas atuais.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
Atrav s dessas informa es podemos perceber a vital import ncia do Cinema no cotidiano neste per odo correspondente Primeira Guerra Mundial e como ele interferiu direta ou indiretamente na Guerra. Ainda durante a Guerra, muitas produ es foram feitas, diversos diretores compravam de cinegrafistas amadores grava es antigas e enviavam seus pr prios cinegrafistas para registrar os eventos que aconteciam em tempo real. Tais registros serviram como base para reencena es cinematogr ficas e Atentado de Sarajevo , de 1968. O primeiro, um curta metragem que contava com filmagens e relatos reais p s assassinato do Arquiduque Francisco Fernando, j o segundo, um longa metragem, era uma reencena o baseada em filmagens antigas e relatos de perspectivas diferentes.