Crítica | 'Ghostbusters: Apocalipse de Gelo' é a maior propaganda enganosa de 2024 - Engenharia do Cinema

publicado em:16/04/24 1:36 PM por: Gabriel Fernandes CríticasNos CinemasTexto

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A Sony realmente não está sabendo trabalhar seus novos filmes no ano de centenário da Columbia Pictures. Mesmo com o respiro em “Todos Menos Você”, e logo depois o horrendo “Madame Teia”, o estúdio mostra que ainda pode entregar algo no mesmo nível deste último, ao deixar este “Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” ser lançado. 

Após o ótimo “Ghostbusters: Mais Além”, lançado em 2021, o cineasta Jason Reitman (filho do diretor dos dois primeiros “Caça-Fantasmas”, Ivan Reitman) abriu a possibilidade da franquia voltar às suas raízes, depois do medonho e polêmico “Caça-Fantasmas” de 2016. Com o falecimento de Ivan (em fevereiro de 2022), ele não quis mais assumir o controle da franquia e entregou literalmente qualquer coisa para ser gravada e deu nas mãos de Gil Kenan (que havia escrito com ele este e o título antecessor da franquia) para assumir a direção. 

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Depois de um incidente resultar em danos financeiros para a cidade de Nova York, os novos Caça-Fantasmas Gary (Paul Rudd), Callie (Carrie Coon), Trevor (Finn Wolfhard) e Phoebe (Mckenna Grace) se vêem a um passo de serem proibidos de atuar. Ao mesmo tempo, um estranho objeto surge ao alcance deles, com uma nova ameaça começando a ser erguida.

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Com quase duas horas de duração, fica perceptível que este é o típico longa feito por conta de contrato. Além de nenhum dos atores estarem interessados em estarem aqui (principalmente Bill Murray, que inclusive por ter uma proximidade com os envolvidos, teve uma participação pequena), o roteiro não se preocupa em fazer um tratamento justo para nenhum dos personagens, e os deixa completamente jogados. 

Embora Dan Aykroyd (intérprete de Ray Stantz, e o único dono da franquia que está vivo) tente jogar uma breve importância para sua participação, nem as homenagens homeopáticas ao clássico funcionam (como a cena dele encontrando a fantasma bibliotecária, que soa como forçada).

O mais absurdo neste enredo, é que em determinado ponto inserem o comediante Kumail Nanjiani (que vive o atrapalhado Nadeem), para ser o álibi de algumas soluções que poderiam ser feitas pelos próprios Caça-Fantasmas (sim, eles são literalmente inúteis).

Isso sem mencionar que o tal “apocalipse de gelo” (que é literalmente resumido no trailer) não transparece nenhuma ameaça durante sua execução, e a entidade por isso não causa medo ou desconforto nenhum para o espectador. Só tédio e incômodo pelo fato de terem sido preguiçosos ao elaborar algo mais “Ghostbusters”. 

“Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” é o típico caso de produção que não deveria ter saído do papel, e jamais deveriam considerar em perderem tempo em realizar isso, depois do resultado do antecessor.



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Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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