Crítica - Escolha ou Morra - Engenharia do Cinema
Realmente este é mais um exemplar que só comprova a ansiedade e pressa da Netflix em lançar suas novas produções originais, e ainda força o potencial de tornar a mesma em uma possível franquia. “Escolha ou Morra” tem o marketing centrado totalmente no ator Asa Butterfield (estrela de um dos carros chefes da plataforma, a série “Sex Education“), porém ele é apenas um mero coadjuvante, já que a protagonista é a personagem da desconhecida Iola Evans.
Imagem: Netflix (Divulgação)
A história é centrada em um misterioso jogo de computador, cujas ações acabam direcionando atitudes masoquistas e até mesmo suicidas com pessoas à volta de quem joga. Quando Kayla (Kayla) acaba tendo contato com este, ela começa uma corrida contra o tempo para tentar descobrir como deter o mesmo.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Realmente este roteiro de Simon Allen tenta fazer uma mistura de “Jogos Mortais” com “Jogador Número 1“, e acaba acertando em uma trasheira pior que os longas da The Azylum (produtora responsáveis por filmes como “Sharknado“). Em seus 80 minutos de metragem não conseguimos ter compaixão com nenhum dos personagens, muito menos por Kayla (inclusive, o roteiro joga todos os clichês e vitimismos possíveis para gostarmos dela).
Como estamos falando de uma produção de terror, o diretor Toby Meakins procura mostrar a maior quantidade de sangue possível em vários momentos chaves. Porém, isso é uma válvula de escape chula para ser utilizada em um filme de terror. Não é porque temos isso a rodo, que uma narrativa pode impactar o espectador.
Em seu término, a única coisa que me fez refletir sobre “Escolha ou Morra“, é que poderia ter escolhido ver algo melhor na Netflix.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.